30 de abril de 2009

A publicidade e a crise


O mercado mundial teme e treme ao ver atônito o despencar contínuo da maior economia do mundo. O mais sensato seria parar de investir. Talvez para o resto do mundo, não para o Brasil.

Ninguém consegue entender como aconteceu. Muitos perderam os cabelos, milhões de dólares e a sustentabilidade construída por anos a fio. Já vimos muitas crises no decorrer destes anos, e em todas elas, de alguma maneira, o Brasil era um alvo fácil de ser atingido. Disse era, porque não é mais.

O país, além de não ter responsabilidade nenhuma sobre essa "montanha russa", está no seu melhor momento comercial, revitalizando seu mercado interno, forte economicamente e, apesar dos contras, crescendo. Felicidade para a publicidade brasileira, felicidade para os anunciantes.

Apesar de todo este cenário favorável, o fato é que a crise que encontrou casa no mundo está derrubando as expectativas de muitos investidores, que apavorados com o sobe e desce, pisaram fundo no freio. Já se fala até em demissões em massa e fechamentos.

Você deve estar pensando: Ora, é perfeitamente clara e sensata esta decisão, uma vez que o mundo está reagindo da mesma forma, cortando gastos, esperando a "poeira baixar" para depois avaliar os prejuízos, contar os mortos e os feridos e ver a possibilidade de vida depois desta tremenda batalha. Seria, se não fôssemos brasileiros.

Seria se nós não pensássemos em marketing como nenhum outro país pensa, se não enxergássemos que as maiores oportunidades de expansão e crescimento estão justamente intrínsecas em momentos como esse. Seria a melhor opção, se não tivéssemos um mercado ativo, vivo e disposto a receber o que as mentes mais criativas do mundo concebem em nossas agências.

Sabemos que esta crise é muito mais agressiva que a Grande Depressão de 1929. O impacto hoje devido à quase inexistência de fronteiras será maior. Mas aí também reside a oportunidade de estar evidente, de mostrar para o consumidor que realmente o que foi propagado nas campanhas é verdade, que a marca é sim forte e está aquém das crises mundiais.

Este artigo não pretende levar ufanismo a ninguém, nem promove engajamento a nenhuma causa pré-estabelecida. Nós, que vivemos o "day by day" da comunicação, sabemos que existe uma terra inexplorada a ser descoberta nesse período. É a hora da virada de mesa para alguns poucos, e da estagnação para muitos.



E você, de que lado vai estar?

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