23 de abril de 2009

WEB 2.0

A web 2.0 abre espaço para o trabalho de programadores dentro das agências

Maurício Furtado Massaia não é formado em publicidade, mas poderia trabalhar em qualquer agência de propaganda ou de mídia interativa. Aos 22 anos, ele tem um perfil cobiçado no momento por essas empresas: é um programador Flash experiente, com um portfólio regado a projetos para grandes empresas. Há pouco mais de um mês, Massaia deixou a badalada agência DM9 e começou a trabalhar na Hello, Interactive. É a nova agência do grupo ABC (ex-Ypy), holding que reúne outros grandes nomes da publicidade como Africa, Loducca e MPM — e que tem entre seus sócios o publicitário Nizan Guanaes. “Aqui terei a chance de trabalhar com projetos ainda mais inovadores”, diz Massaia.

Com o boom das ações de marketing na web 2.0, as agências tem demandado cada vez mais programadores para fazer sites, banners e anúncios, principalmente em Flash. Em geral, o que se espera do candidato é que seja alguém com boa noção da linguagem ActionScript, adepto de constante atualização e que goste de inovar. “Como não há profissionais de Flash suficientes no mercado, as pessoas estão muito confortáveis em seus respectivos empregos”, afirma Alexandre Santos, diretor de tecnologia e projetos da Hello, Interactive.

Os resultados são melhores oportunidades de salário. Com isso, um programador em Flash pode ganhar até 7 000 reais por mês. Um iniciante, por sua vez, começa com 1 500 mil reais. O mercado anda aquecido também para os programadores web especializados em JSP, ASP e ASP.NET, com faixa salarial em torno dos 3 000 reais.


Ligado nos fóruns

Esse tipo de demanda tem rendido muito trabalho para Renato Antônio Martinez, de 22 anos. Webdesigner com experiência na produção de sites em HTML, PHP, ASP e Flash, ele foi contratado pela agência JourneyCom. Desenvolve sites e banners interativos em Flash. Sua dica para ficar sempre atualizado é participar de fóruns web.

Apesar da procura crescente por profissionais desse tipo, nem todas as agências de propaganda estão abertas à contratação. Muitas terceirizam as tarefas mais técnicas com as chamadas agências digitais, de mídia interativa e de marketing online, como a Agência Click, TV1 e Mídia Digital.


Interfaces ricas

O mercado publicitário também procura engenheiros de software, cujo salário médio fica entre 4 000 e 5 000 reais. Para fazer plataformas diferentes conversarem entre si, o profissional disputado é o que conhece integração. “Ele precisa ser um pesquisador antenado e ter interesse pelas interfaces ricas”, afirma João Cabral, diretor de tecnologia da Agência Click.

Publicado originalmente na revista INFO de novembro de 2007

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